quinta-feira, 5 de maio de 2016

Stanley Milgram e a obediência à autoridade


Olá pessoal, vamos a mais uma publicação. E o texto dessa semana não deixa a desejar em relação aos anteriores, com o tema muito interessante sobre a obediência. Stanley Milgram tinha 27 anos e era professor assistente de psicologia em Yale, que se interessava no estudo da obediência à autoridade. Num contexto pós-Holocausto, ele tinha a pretensão de entender os fatos e as atrocidades que tantos oficiais cometeram supostamente sobre ordens de seus superiores. Com uma explicação muito obvia, a personalidade autoritária, que acreditam que certos tipos de experiências na infância, conduziriam pessoas a fazer qualquer coisa a alguém.
Milgram acreditava que a obediência destrutiva estava mais ligada ao poder da situação do que a personalidade. Ele acreditava que qualquer pessoal dependendo da situação, abandonaria suas convicções morais e sobre ordem cometeria qualquer atrocidade. Diante disso, Malgram realizou um teste com um dos aparelhos mais horríveis de tortura, a máquina de choque, lembrando, uma máquina falsa. Ele recrutou centenas de voluntários, sendo que motivados por uma quantia em dinheiro e ordenou que aplicassem choques em níveis letais e um ator fingia dor a até morte. Seu objetivo era ver quantas pessoas obedeceriam às ordens desse experimento e quantas se negariam.
Desobediência, substantivo feminino, ausência de obediência; inobediência, insubordinação.  Assim, testar esse conceito é ir de encontro com a natureza humana, a princípio esse era o foco. O teste consistia em um jogo de memória, onde o professor (voluntário verdadeiro) falaria as sequências de palavras e o aluno (ator) teria que repeti na ordem certa as palavras. Assim, se o aluno errasse a sequência levaria um choque onde a voltagem aumentaria de acordo com a constância dos erros. Milgram acreditava que as pessoas não obedeceriam em um índice tão alto e estava errado, ele ficou extremamente surpreso com o resultado, sessenta e cinco por cento obedeceu ao comando de continuar dando choques. 
A surpresa vem do fato e sermos humanista de coração, ele tentou fazer algumas relações dos resultados com pesquisa de opinião na universidade para saber se as pessoas dariam ou não o choque e sobre a personalidade só surgiu mais dúvidas. Milgram contou com a ajuda do estudante Alan Elms para recrutar e manter voluntários, eles analisavam os objetos humanos pelo espelho unidirecional. O estudo foi importante porque desvinculou fatos importantes, por exemplo, de assassinato em fúria, o fato mostra que não é quem você é, das suas crenças, não depende do seu caráter e sim de onde você está.
A autora ficou intrigada e conversando com Elms eles entenderam que não é porque uma pessoa age de um jeito em um determinado lugar que consequentemente vai agir igual em outro. Seu comportamento vai depender da situação que ela estiver inserida, por exemplo, crianças que recebiam pouca punição se tornaram mais obedientes, enquanto as que recebiam punições severas tinha a tendência de ser mais desafiadoras. Mais isso não vai ser um fato determinante de personalidade, conversando com duas pessoas que participaram dos textos a autora do texto pode entender melhor.
Primeiro ela conversou com Joshua, um desafiador, que parou em 150 volts, ele disse que se sentia mal e guardava todas as lembranças daquele experimento na memória. Sendo um desafiador esperava-se que Joshua tivesse parado por causa do próximo, mas não, ele parou, pois estava preocupado com o estresse que o experimento estava lhe causando. Em segundo plano estava à preocupação com o cara, assim como Elms já havia dito; os obedientes quase sempre atiram nas pessoas durante o serviço militar e os desafiadores quase nunca.
O segundo voluntário foi Jacob, um nome fictício, foi obediente e chegou ao limite da experiência. Mas, ele enxergou isso de forma positiva, pois antes do teste ele fingia ser uma pessoa que não era. Depois do teste ele assumiu sua homossexualidade, confrontou a sua própria obediência, tentando assim desenvolver uma forte personalidade desafiante. Os efeitos do experimento de Milgram foram sentidos de forma diferente, em alguns foram positivo em outros nem tanto, mas uma coisa é certa, a natureza humana está longe de ser decifrada, o que temos é uma tentativa de predizer uma reação esperada.

Pensamos que pessoas bem vestidas, como de jaleco, podem nos influenciar e fazer com que reagimos e agimos de formas diferentes, pois a imagem de uma pessoa que usa jaleco branco passa credibilidade e confiança. É como se você confiasse no próximo a ponto de fazer qualquer coisa para não contrariar um status. Acredito que o por uma questão de sobrevivência podemos agir e cometer qualquer coisa, o caso das maldades cometidas na época do holocausto não é isolado, elas aconteceriam em qualquer lugar, isso vai depender do contexto, da influência e pressão sofrida e da necessidade do fazer.





Drielle Teixeira Jardim   Matrícula: 120029430 Turma “C”
Referências Bibliográficas
Slater, L.(2004) Mente e Cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro

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