terça-feira, 10 de maio de 2016

Como conhecemos as pessoas com as quais interagimos?


Bom dia pessoal! O post dessa semana é muito familiar, pois trata de um assunto muito interessante: Como conhecemos as pessoas com as quais interagimos? Eu mudaria o título desse texto facilmente para algo do tipo; como julgamos as pessoas com as quais interagimos? Fazemos sem perceber e quando nos damos conta, lá estamos nós, sempre procurando intenções subjacentes nas pessoas. Temos uma teoria implícita de personalidade, ou seja, pessoas que apresentam determinados traços apresentarão consequentemente determinado comportamento.
Muitas vezes atribuímos vários conceitos a certos grupos, os psicólogos sociais chamam isso de estereótipos. Mas, afinal, o que é um estereótipo? Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem sobre o comportamento ou características dos outros, significa impressão sólida, e pode ser sobre a aparência, o estilo, cultura e modo de vida de alguém. 
 No nosso país existem vários estereótipos acerca dos grupos nacionais e raciais, sempre ouvimos julgamentos sobre nordestino, mineiros, paulistas, cariocas, negros e índios. Assim, nos deparamos com algo que não deveria acontecer, mas que é quase que rotineiro na nossa sociedade, o preconceito.  De forma camuflada, nos deparamos com inúmeros fatos de agressão, por simplesmente rotularmos pessoas, funções, comportamento entre outros.
É interessante pensar de todas as vezes que conhecemos uma pessoa de certa forma, começamos a formar uma opinião sobre ela. Parece normal né, então, não deveria ser.  Com isso, as percepções começam a observar o comportamento da pessoa, em seguida, colocamos em prática os nossos interesses, valores, estereótipos e rótulos e esse processo acontece de forma tão natural que nem nos damos conta de que estamos julgando e definindo um “pré” conceito sobre o outro.
Nos últimos tempos os psicólogos sociais estão se dedicando de forma especial a maneira como fazemos atribuições ao próximo.  Fritz Heider, um dos psicólogos sociais mais importantes, mostrou que tendemos a atribuir nossas ações e a dos outros a fatores internos, ou seja, nossas próprias intenções e disposições. E também a fatores externos como, por exemplo, a pressão social e as características da situação e isso leva ao erro fundamental da atribuição.

Por exemplo, quando ouvimos um goiano, mineiro ou paulista conversando, percebemos que o sotaque é diferente.  E a característica principal é o “R” retroflexo, melhor dizendo, o comum o "r caipira".  Que não é nada a mais que a consoante em que a língua se dobra para trás. Dessa forma, quando vemos pessoas do interior, de cidade pequena dialogando entre sim, sempre rotulamos como caipiras, como se não soubessem falar direito, dizemos que é feio e o pior, não respeitamos o contexto em que aquela pessoa vive.
Segundo Kelly, quando tentamos dar razões para o comportamento alheio nos atentamos a três fatores importantes; prestamos atenção no consenso, à consistência e a clareza.  Vamos entender como as pessoas são influenciadas e como elas influenciam as outras. A tendenciosidade auto- servidor é o que fazemos quando damos atribuições que nos protejam, que sirvam ao nosso ego, que nos façam parecer bem aos nossos olhos e aos olhos dos outros.
Há várias formas de exercer influência sobre uma pessoa e seguimos seis leis básicas para isso que são: poder da correção, poder de recompensa, poder de referência, poder do conhecimento, poder legítimo e poder de informação. Sempre tentamos mudar o comportamento, feito de outras pessoas, isso acontece pelo fato da teoria da dissonância cognitiva, que Leon Festinger mostra a necessidade que temos de tornar compatível e harmonizar pensamentos que não estejam em acordo.
Para isso, utilizamos várias formas de persuasão, entre elas podemos citar: o princípio do contrataste, é quando cometemos um erro, e para amenizar a reação do outro, mostramos que existem erros muito mais graves assim ela vai se sentir mais conformada; a regra da reciprocidade, essa é bem comum, a tendência de querermos que o outro retribua o que fizemos para ele; e por fim a comprovação social, onde tentamos ajustar os nossos modos com os da sociedade, já que não gostamos de nos sentir diferentes dos demais.
Segundo Rodrigues em 1988, a atitude é um sentimento pró ou contra um objeto social, pode se tratar de uma pessoa, um acontecimento ou qualquer outro produto da atividade humana. Essa questão sobre atitude é muito vista em nossa sociedade, as atitudes são instigadoras de comportamento, na maioria das vezes quando dizemos que alguém tem atitude essa pessoa é vista com bons olhos, como se destoasse da maioria.
Para formarmos nossas atitudes não existe uma receita chave, vai depender da identificação do indivíduo com determinado grupo.  Muitas vezes, pessoas com atitudes diferentes, que fogem do padrão da sociedade, geram um sentimento diferente de pessoas que não são abertas e perceber que cada pessoa tem sua individualidade, é a partir daí que entra a capacidade que temos de agredir o outro. Quando falamos da origem do comportamento agressivo, temos que levar em consideração diversos fatores, sejam eles psicológicos, neurológicos entre outros.
Porém, muitas explicações estão voltadas para a criação na primeira infância, sendo que temos valores que nos são passados ainda pequenos que nos influenciam bastante na formação como indivíduo. A psicologia social tenta mostrar como cada pessoa pode reagir diante de situações diversas, como somos suscetíveis a rotular as pessoas por simplesmente acharmos que elas não fazem parte do mesmo grupo, e não compartilham das mesmas ideias. Assim precisamos aprender que cada pessoa vai ter sua essência, vai pensar de um jeito diferente e por isso devemos respeitar cada um em sua individualidade sem criar estereótipos.



Drielle Teixeira Jardim Matrícula Turma "C" 120029430




Um comentário:

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