Bom dia
pessoal, o post dessa semana trás um assunto bem delicado e preocupante, um
problema de saúde pública: as drogas, em especial a cocaína, um estudo feito
por Agostinha Mariana Costa de Almeida vai mostrar como o contexto influencia
no uso dessas substâncias entorpecentes. Uma vez que a interação
organismo-contexto pode explicar melhor a adicção. A adicção é o vício, geralmente está
relacionado a drogas ilícitas, mas pode significar qualquer dependência
psicológica ou compulsão como por jogo, comida, sexo, internet e vários
outros.
O texto tem
uma linguagem bem técnica, com vários termos científicos, mas isso não o deixa
menos interessante. Aqui tratarei adicção pelo seu sinônimo mais comum vício ou
às vezes falarei em dependência, para facilitar o entendimento de quem não tem
tanta familiaridade com o assunto. Enfim, creio que o ponto chave do texto são
os fatores condicionantes ao vicio na droga, é muito interessante pensar no
porque existem pessoas que fazem uso da droga, mas não perdem o controle de si.
E outras que ficam tão dependentes que não conseguem ter o controle em nenhuma
esfera da vida.
O uso de
forma excessiva das drogas atua diretamente no Sistema Nervoso Central e produz
sensações de prazer e euforia. Temos vários fatores que podem explicar a dependência
como: culturais, sociais, familiar; ansiedade, interpessoal. Durante as décadas de 1980 o uso da cocaína
aumentou consideravelmente, tornando-se um fenômeno diversificado, tanto em
questões de uso quanto em relação ao modelo de uso, pois antes os adictos de
cocaína eram considerados a minoria e estava concentrada em quem tinha um poder
aquisitivo maior. Porém, depois dos anos 1990 aumentou o numero de usuários
jovens entre 18 e 25 anos, principalmente por causa do crack, que é derivado da
cocaína e possui um preço bem baixo.
Podemos
relacionar esse texto com alguns do que já vimos anteriormente, por exemplo, a
questão dos rótulos que não conseguem explicar os comportamentos esperados para
certas pessoas, como a droga é acessível a todos os grupos e em especial o
contexto pode definir o vício em drogas.
Vários rótulos são atribuídos aos usuários, vamos tentar entender
alguns. A drogadicção, por exemplo, é quando acontece um aumento progressivo na
frequência e na intensidade do uso, assim está relacionado diretamente ao
craving é que o desejo pela droga.
A Adicção é o termo usado para designar
pessoas que não conseguem administrar o consumo da droga e precisam da
sustância para manter o equilíbrio, dessa forma a dependência já está no nível
de compulsão na autoadministração da droga. Essa dependência pode ser tanto
física quanto psicológica, a dependência psicológica é mais forte nos fatores
que cercam a intoxicação das drogas. Como eu disse antes, é muito importante à
análise do condicionante, ou seja, o que é condição de um fato.
Os usuários
muitas vezes aprendem a antecipar os efeitos da droga apenas pelo fato de estarem
em lugares que envolvam um contexto, esses condicionamentos podem ser pessoas,
lugares e sensações passadas e associadas com ao uso da droga. Dessa forma,
esses condicionantes contribuem para a tolerância à droga, a presença do
occasion setter mostra que antes mesmo do uso da cocaína, o dependente
apresenta uma série de sinais.
No nosso país existem vários
estereótipos acerca dos grupos nacionais e raciais, sempre ouvimos julgamentos
sobre vários tipos diferentes. E com os usuários de drogas não é diferente, é
interessante percebermos como a concepção da sociedade mudou sobre esse
assunto. Antes os usuários de drogas eram vistos como pessoas de moral e
caráter fracos ou ate mesmo eram tachadas como sem autocontrole.
Atualmente, existe muito uma
necessidade de aceitação e de se encaixar em algum grupo, os padrões sociais
implicam que pessoas que fazem uso de droga agora são maneiras ou descoladas.
Seja por carência, tanto afetiva quanto de um status, muitas pessoas se usam da
draga para se inserirem em grupos sociais. Dessa forma percebemos o quanto
fatores sociais, culturais e de interação agem no consumo da droga. As
substancias atuam em uma área especifica do cérebro que são consideradas áreas
de recompensa, por isso atuam como um reforço positivo, já o mal estar é
ocasionado na abstinência da droga é o esforço negativo.
A busca pela sensação de bem-estar
passa a ser considerado como a causa pelo consumo excessivo de substâncias
entorpecentes, assim a pessoa fica dependente da sensação de euforia. A falta
do uso da droga gera a síndrome da recompensa que tem como primeiros sintomas a
ansiedade e depressão. Quando falamos sobre o tratamento de viciados, temos que
levar em consideração que o tratamento só vai fazer efeito se o usuário estiver
aberto para que isso aconteça.
Na terapia existe a tentativa de fazer
com que o dependente identifique elementos bons, assim a teoria motivacional
acredita que o paciente em tratamento que esteja motivado e com a ajuda dos
psicólogos vão ter resultados positivos. Vários pacientes se apoiam em prática
religiosa, para que um tratamento tenha sucesso, a abstinência é indicador, o
paciente é colocado em teste (como o de urina e sangue) e a cada passo de
verificação ele ganha passes, e esses vales ele troca por produtos.
A Terapia Comportamental- Cognitivo é
outro tratamento para dependentes, e foca nos eventos cognitivos na geração dos
problemas pessoas e prioriza o ambiente em interação com o comportamento. É
sempre interessante pensar no quanto o ambiente pode influenciar o dependente
em alguma sustância, em questão a cocaína, como o psicológico consegue sentir
coisas que remetem a um estado já vivido e ainda pensar em como algumas pessoas
são mais tolerantes que outras. Então, vamos parar por aqui porque o estudo vai
continuar na próxima postagem. Vamos tentar entender melhor a relação dos
condicionantes e do uso de drogas.
Drielle
Teixeira Jardim Matrícula: 120029430 Turma: “C”
Referência
Bibliográfica
Almeida, A.M.C. (2008) Complexidade de associações
de estímulos condicionais de “occasion setting” do contexto do uso de droga,
com abstinentes de cocaína: uma interface ente o laboratório e a clínica.
Universidade de São Paulo: Tese de Doutorado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário