Bom dia pessoal! O post dessa semana é
muito familiar, pois trata de um assunto muito interessante: Como conhecemos as
pessoas com as quais interagimos? Eu mudaria o título desse texto facilmente para
algo do tipo; como julgamos as pessoas com as quais interagimos? Fazemos sem
perceber e quando nos damos conta, lá estamos nós, sempre procurando intenções
subjacentes nas pessoas. Temos uma teoria implícita de personalidade, ou seja,
pessoas que apresentam determinados traços apresentarão consequentemente
determinado comportamento.
Muitas vezes atribuímos vários
conceitos a certos grupos, os psicólogos sociais chamam isso de estereótipos. Mas, afinal, o que é um
estereótipo? Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem sobre o
comportamento ou características dos outros, significa impressão sólida, e pode
ser sobre a aparência, o estilo, cultura e modo de vida de alguém.
No
nosso país existem vários estereótipos acerca dos grupos nacionais e raciais,
sempre ouvimos julgamentos sobre nordestino, mineiros, paulistas, cariocas,
negros e índios. Assim, nos deparamos com algo que não deveria acontecer, mas
que é quase que rotineiro na nossa sociedade, o preconceito. De forma camuflada, nos deparamos com
inúmeros fatos de agressão, por simplesmente rotularmos pessoas, funções,
comportamento entre outros.
É interessante pensar de todas as vezes
que conhecemos uma pessoa de certa forma, começamos a formar uma opinião sobre
ela. Parece normal né, então, não deveria ser.
Com isso, as percepções começam a observar o comportamento da pessoa, em
seguida, colocamos em prática os nossos interesses, valores, estereótipos e
rótulos e esse processo acontece de forma tão natural que nem nos damos conta
de que estamos julgando e definindo um “pré” conceito sobre o outro.
Nos
últimos tempos os psicólogos sociais estão se dedicando de forma especial a
maneira como fazemos atribuições ao próximo.
Fritz Heider, um dos psicólogos sociais mais importantes, mostrou que
tendemos a atribuir nossas ações e a dos outros a fatores internos, ou seja, nossas próprias intenções e disposições. E
também a fatores externos como, por
exemplo, a pressão social e as características da situação e isso leva ao erro fundamental da atribuição.
Por exemplo, quando ouvimos um goiano,
mineiro ou paulista conversando, percebemos que o sotaque é diferente. E a característica principal é o “R”
retroflexo, melhor dizendo, o comum
o "r caipira". Que não é nada
a mais que a consoante em que a língua se dobra para trás. Dessa forma,
quando vemos pessoas do interior, de cidade pequena dialogando entre sim,
sempre rotulamos como caipiras, como se não soubessem falar direito, dizemos
que é feio e o pior, não respeitamos o contexto em que aquela pessoa vive.
Segundo Kelly, quando tentamos dar
razões para o comportamento alheio nos atentamos a três fatores importantes;
prestamos atenção no consenso, à consistência e a clareza. Vamos entender como as pessoas são
influenciadas e como elas influenciam as outras. A tendenciosidade auto-
servidor é o que fazemos quando damos atribuições que nos protejam, que sirvam
ao nosso ego, que nos façam parecer bem aos nossos olhos e aos olhos dos
outros.
Há várias formas de exercer influência
sobre uma pessoa e seguimos seis leis básicas para isso que são: poder da
correção, poder de recompensa, poder de referência, poder do conhecimento,
poder legítimo e poder de informação. Sempre tentamos mudar o comportamento,
feito de outras pessoas, isso acontece pelo fato da teoria da dissonância
cognitiva, que Leon Festinger mostra a necessidade que temos de tornar
compatível e harmonizar pensamentos que não estejam em acordo.
Para isso, utilizamos várias formas de
persuasão, entre elas podemos citar: o princípio do contrataste, é quando
cometemos um erro, e para amenizar a reação do outro, mostramos que existem
erros muito mais graves assim ela vai se sentir mais conformada; a regra da
reciprocidade, essa é bem comum, a tendência de querermos que o outro retribua
o que fizemos para ele; e por fim a comprovação social, onde tentamos ajustar
os nossos modos com os da sociedade, já que não gostamos de nos sentir
diferentes dos demais.
Segundo Rodrigues em 1988, a atitude é
um sentimento pró ou contra um objeto social, pode se tratar de uma pessoa, um
acontecimento ou qualquer outro produto da atividade humana. Essa questão sobre
atitude é muito vista em nossa sociedade, as atitudes são instigadoras de
comportamento, na maioria das vezes quando dizemos que alguém tem atitude essa
pessoa é vista com bons olhos, como se destoasse da maioria.
Para formarmos nossas atitudes não
existe uma receita chave, vai depender da identificação do indivíduo com
determinado grupo. Muitas vezes, pessoas
com atitudes diferentes, que fogem do padrão da sociedade, geram um sentimento
diferente de pessoas que não são abertas e perceber que cada pessoa tem sua
individualidade, é a partir daí que entra a capacidade que temos de agredir o
outro. Quando falamos da origem do comportamento agressivo, temos que levar em
consideração diversos fatores, sejam eles psicológicos, neurológicos entre
outros.
Porém, muitas explicações estão
voltadas para a criação na primeira infância, sendo que temos valores que nos
são passados ainda pequenos que nos influenciam bastante na formação como
indivíduo. A psicologia social tenta mostrar como cada pessoa pode reagir
diante de situações diversas, como somos suscetíveis a rotular as pessoas por
simplesmente acharmos que elas não fazem parte do mesmo grupo, e não
compartilham das mesmas ideias. Assim precisamos aprender que cada pessoa vai
ter sua essência, vai pensar de um jeito diferente e por isso devemos respeitar
cada um em sua individualidade sem criar estereótipos.
Drielle Teixeira Jardim Matrícula Turma "C" 120029430
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