E ai
pessoal, tudo bem? Vamos a mais uma
postagem, o tema de hoje é muito interessante e nos leva a um mundo novo, pelo
menos para mim. Então, imagine você fazer um teste, uma espécie de brincadeira
que poderia comprometer a credibilidade de algo que estava sendo a cura de
todos os males na época no âmbito psiquiátrico. Foi o que fez David Rosenhan
nos anos setenta, psiquiatra que tinha por objetivo testar a capacidade dos
psiquiatras de diagnosticar e diferenciar pessoas sãs de pessoas insanas. Ele
queria mostrar o quanto somos influenciados e subjetivos ao contexto
momentâneo.
Mas,
o que seria a insanidade mental? Insanidade é o substantivo feminino que
significa loucura, demência, doidice, insânia.
Também pode servir para indicar a condição de uma pessoa insensata ou insana.
No âmbito da psicologia a insanidade
mental consiste em um estado de fragilidade e confusão da mente.
Que pode ser resultado de uma psicose e
pode se manifestar através de paranoia, depressão, melancolia, entre outros.
Quando
fez uma viagem ao Vietnã, David se surpreendeu com o fato curioso que chamou
sua atenção. Ele observou que muitas pessoas tentando fugir de serem convocados
para a guerra, fingiam estar com esquizofrenia. Então, como conseguiam esse
diagnóstico? Como os profissionais não conseguiam perceber que existia algo
errado na quantidade de casos? Foi ai que ele resolveu chamar oito amigos que
precisariam procurar instituições mentais publicas e privadas alegando ouvir
uma voz dizendo “tum”. Esse tum foi escolhido
justamente por não constar em
registros de pacientes, já que
geralmente estes ouviam mensagens bem diferentes. Depois do primeiro contanto deveriam dizem
que não ouviam mais a voz e pedir para serem liberados.
Os pseudopacientes, incluindo Rosenhan,
receberam o diagnóstico surpreendente de esquizofrenia, apenas um recebeu o
diagnóstico de psicose maníaco- depressiva, rotulo não menos pesado que o
anterior. Todos foram internados e
submetidos à medicação, uns ficaram mais tempo que outros e o que perceberam
foi à invisibilidade do paciente. Os psiquiatras não ouviam seus pacientes,
apenas seguiam o protocolo geral de aferir a pressão e verificar a temperatura.
Com a internação eles perceberam o quando as clinicas são desumanas, muitas
vezes maltratam o seus pacientes, não o respeitam e eles vivem dopados de
medicação, sem falar no isolamento, que pode levar ao tedio e assim trazer
problemas ainda maiores.
Um
fato me deixou muito intrigada, os insanos onde Rosenhan ficou internado
percebeu a sanidade dele, enquanto os psiquiatras que deveriam ter notado isso
não perceberam nada. Com isso vemos o poder da tendencialidade e do contexto na
determinação da realidade. A pesquisa de Rosenhan deixou bem claro que os
rótulos determinam como vemos o que vemos, e, sobretudo colocou em cheque a
credibilidade e confiança na psiquiatria. A meu ver, mesmo sendo uma pesquisa sem
detalhamentos precisos de informações foi o suficiente para estremecer as bases
dessa ciência e causar alvoroço na área.
Causou
revolta e muitas opiniões contra seu experimento, Robert Spitzer escreveu
artigos em resposta e defendendo a credibilidade da psiquiatria como profissão medica, seus artigos foram bem
ásperos a Rosenhan dizendo que seus estudos foram mal feitos. Depois do artigo
de David Rosenhan, muitas mudanças aconteceram no campo da psiquiatria, no DSM
(Diagnostic and Statistical Manual) que é um manual com especificações de
transtornos mentais que serve para enquadrar pacientes em determinada doença de
acordo com seus sintomas.
Depois
de tais mudanças, Robert Spitzer disse que os experimentos não poderiam ser
repetidos com sucesso. Entretanto, a autora do texto e também psiquiatra, quis
refazê-lo. Ela seguiu o mesmo procedimento realizado anteriormente e escolheu
uma clínica bem conceituada. Foi atendida em pouco tempo, porém de forma
humanizada muito diferente da época do experimento de Rosenhan.
Ela
foi diagnosticada erroneamente com depressão e além de ter sido bem recebido
pelos médicos e enfermeiros, ela não foi internada e isso é um avanço depois
dos estudos de Rosenhan, as leis de internação ficaram bem mais severas. Agora
eram as pílulas que reinavam, mesmo com diagnostico tão incerto, ela foi
medicada com pílulas, é muito remédio para pouca certeza. Hoje existe um
empenho em prescrever o que impulsiona a um diagnóstico assim como o de
patologizar na época de Rosenhan.
Assista ao vídeo abaixo:
Drielle Teixeira Jardim Matrícula:120029430 Turma “C”
Referências Bibliográficas
Slater, L. (2004) Sobre ser
São em Lugares Insanos: experimentos com diagnóstico psiquiátrico.
http://www.significados.com.br/insanidade/
(acessado em abril de 2016).
Nenhum comentário:
Postar um comentário