sábado, 18 de junho de 2016

O Mal-estar na cultura

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Olá pessoal, nosso semestre está quase acabando e essa é a nossa última postagem. Tenho a sensação de dever cumprindo, enriqueci muito a minha bagagem de conhecimentos, passamos por vários textos diferentes, agora tenho uma visão bem diferente sobre vários assuntos que antes eu percebia de forma bem tradicional.  Hoje O assunto é: O mal estar na cultura, do Freud. Confesso que na minha vida acadêmica tive pouco contato com esse autor. O texto de hoje vai levantar questões a cerca da nossa felicidade está relacionada a cultura que percebemos e como tentamos alcançar essa tal felicidade.   
Um dos maiores questionamentos é sobre a felicidade, várias vezes nos encontramos em crises existenciais e nos perguntamos se somos felizes, se alcançar a felicidade é sempre o foco da uma vida inteira. Para Freud a vida humana é muito árdua e cheia de desilusões, imagino que Freud tenha uma visão bem negativa da natureza humana. Ele chega a nem mesmo acreditar na finalidade dela, entretanto, mesmo tão desacreditado ele busca refletir sobre os propósitos do ser  humano em busca da felicidade.
Parece que somos eternos insatisfeitos, na vida estamos sempre em busca de algum prazer, um tipo de felicidade efêmera e não a plenitude de tal. Por isso estamos sempre em busca de coisas que disfarçam as sensações de desprazer e a busca de uma felicidade rápida, artificial e na maioria das vezes momentânea. Geralmente encontramos essas soluções rápidas por meio do sexo, drogas, e outras coisas que deixam a pessoa com a sensação de prazer e euforia.
Freud acredita que a felicidade deve ser encontrada da forma que é originada no instinto, no impulso selvagem, onde as pessoas devem olhar para o seu interior e procurar a independência do mundo exterior, não ficar tão condicionado a fatores externos. Assim, a felicidade estaria muito mais ligada aos impulsos mais naturais, sem restrições. Mas, acontece que a cultura e a sociedade em que vivemos, impõe certos padrões que devemos seguir, como a não agressão, destruição e querendo ou não isso limita o indivíduo.
Para Freud não existe felicidade plena, ele afirma que o mundo possui forças que nos abate e pode nos destruir sempre, em qualquer momento. Para ele a felicidade só é possível se existir a quietude, se o ser humano se afastar do mundo externo. Freud diz que o sofrimento vem de três maneiras, primeiro começa com o próprio corpo que é destinado à ruina, segundo pelos sentimentos de dor e medo e terceiro e pior tipo de sofrimentos que é a relação com outros seres humanos.
Dessa forma os métodos mais eficientes para evitar esse sofrimento são aqueles que procuram influenciar o próprio organismo, ou seja, modificando nossas sensações. Pensando dessa forma parece até fácil, mas para alcançarmos a felicidade é algum muito difícil. O que causa toda essa dificuldade? Acredito que nossa cultura tem uma imposição muito grande sobre a felicidade, sobre o que é felicidade e como alcançá-la. Percebo muito isso, observando as redes sociais, é bem clichê, mas as pessoas são tão felizes em suas contas de internet, podemos ate chamar de a terra da felicidade plena e dos likes infinitos, que são medidores de popularidade, ou seja, se você se sente aceito e popular, se você se encaixa em algum nicho, você está feliz com essa posição.


O problema é quando a pessoa não consegue se encaixar em nenhum desses padrões, a insatisfação nos incomoda e isso pode ser muito prejudicial. Isso pode prejudicar, por exemplo, quando a pessoa fica condicionada ao que o outro vai dizer, se vai gostar ou não, qual serpa o julgamento feito pelo outro .Temos o costume de sempre que conseguimos uma coisa, logo em seguida queremos outra e assim vai. Parece que nunca estamos contentes e satisfeitos com o que já possuímos, parece que a sensação de falta está enraizada em nós.

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Já vimos em postagens anteriores o quanto a cultura se relaciona com o ser humano, sabendo o quanto ela pode influenciar nas atividades e valores que são determinados por pessoas que interagem e compartilham dessa cultura. Muitas coisas podem mudar nossa cultura, tanto de maneira positiva, quanto negativa. Como eu já havia citado, a tecnologia é um modificador ela tem o poder de disseminar diversas culturas, englobando várias e tornando-as uma só. 
Existem três principais aspectos dentro das exigências culturais que são relevantes, a beleza, a limpeza e a ordem, lembrando também que sempre podemos contar com as realizações intelectuais, científicas e artísticas. Geralmente estamos acostumados a associar a beleza com a felicidade, a questão estética está ligada diretamente a uma necessidade cultural. Sempre notamos os padrões impostos por nossa cultura, com estereótipos bem definidos. A limpeza está ligada a obra humana, pois com ela existe a possibilidade de poupar as forças psíquicas do homem, assim ele aperfeiçoa melhor o tempo e o espaço.
Sempre que falamos de cultura, um aspecto muito importante são as relações sociais, seja como estrutura familiar, ou em várias relações no convívio social e assim atendem questões que já são coercitivas e são realizadas por uma questão de cultura ou tradição. Querer a felicidade é querer também o amor, Freud diz que amava alguém que de fato merecia seu amor, assim amar uma pessoa que ele não conhecesse poderia ser considerado uma injustiça, pois o colocaria na mesma posição de quem ele de fato conhece. Pois da mesma forma recebe em troca o amor dessas pessoas.
Portanto, o amor não é uma relação de troca, não existe um mundo em que amamos somente a quem nos ama, na verdade não se pode trocar nem mesmo cobrar esse tipo de relação. O amor dever ser incondicional, sem interesse, nem dever ser visto como algo idealizado, mas sim de forma real.

Dessa forma, devemos pensar que a felicidade não está em alcançar o impossível, muito menos está nas coisas extraordinárias, e sim nos momentos que não precisam ser compartilhados, nas coisas pequenas que a vida oferece. Não existe uma fórmula pronta para encontrar a felicidade, muito menos ela desse ver vista como algo requintado, de difícil acesso, é necessário enxergar a felicidade de forma leve, com vários caminhos e possibilidades que podem ser encontradas no interior de cada um.

Drielle Teixeira Jardim Matrícula: 120029430

Referência Bibliográfica
Postagem referente aos textos 15 e 16.
Baseado em Freud, S(2010) O Mal estar na Cultura. Porto Alegre: L&P.


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